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sábado, 13 de julho de 2013

ALGUMAS NOTAS EM TORNO D’O CRIME DO PADRE AMARO E D’ O PRIMO BASÍLIO, DE EÇA DE QUERÓS


DÉCIO, João. Algumas notas em torno d’o crime do padre Amaro e d’o primo Basílio, de Eça de Queirós. Texto fornecido pelo professor.

 

 

RESUMO: Os dois romances analisados por João Décio são de Eça de Queirós e do período realista, o primeiro publicado em 1875, O crime do padre Amaro, romance que deu início a melhor fase do autor e o outro é o segundo romance do autor O primo Basílio, lançado em 1877. O crime do padre Amaro fala sobre a vida eclesiástica de Amaro, que cursou o seminário e se fez padre embora não tivesse vocação alguma. Amaro era de descendência humilde e isso o levou de certo modo a ver o seminário como ascensão social do padre, após a morte dos pais ele foi criado pela marquesa que o estimava muito e na casa da marquesa Amaro vive rodeado de criadas e isso faz com que desenvolva mais cedo sua sensualidade  herdada de sua mãe, ele vive num ambiente de beatice e acaba por desenvolver o interesse de se tornar padre, não pro vocação, mas por desejo de ter vida fácil e constante contato com as mulheres. A marquesa tem a intenção de encaminhar o menino para o seminário e explica o seus motivos banais, pelo fato dele ser magro e amarelo, ser afeiçoado as mulheres, nesse pensamento errôneo percebe-se  o tamanho da ignorância da marquesa que via apenas a parte negativa do pároco. Ao analisar a educação de Amaro percebe-se um dos motivos individuais que o levaram a ter um caso amoroso após se tornar padre com Amélia, jovem beata e ignorante que cria ser o seu amor abençoado pelo fato de ver no padre o símbolo de Deus na terra, ela não tem a capacidade para refletir e compreender por si só a essência da religião. Além dos motivos individuais de Amaro e Amélia existem os motivos extra-individuais no sentido ambiental que se faziam pesar, Amaro vivia na casa de Amélia e o cônego Dias era amante da senhora Joaneira, mãe de Amélia. O clero mandava na sociedade de Leiria e acobertava o que seus representantes faziam de errado. Eça de Queirós estuda com atenção um caso desastroso de falta de vocação religiosa, entretanto não generaliza a corrupção para todo clero português. Já n’O primo Basílio,  Eça volta-se para análise do problema moral do adultério e tem como personagem principal Luísa, jovem delicada e inocente que foi influenciada a trair seu marido,  pela leitura de romances românticos, pela educação defeituosa, por Leopoldina sua amiga imoral e que possuía inúmeros amantes. A obra apresenta alguns tipos sociais interessantes: o conselheiro Acácio, homem formalista cheio de frases feitas e de belas palavras; Juliana, personagem secundaria extremamente importante para o desenvolvimento da obra, constituí-se na empregada que odeia a patroa, pois inveja a vida que esta leva diferente da sua sofrida e humilhada consegue roubar cartas dos amantes para chantagear Luísa mais acaba por morrer por isso.Sebastião amigo de Jorge e de Luísa tenta salvar-lhe a honra recuperando as cartas roubadas por Juliana; Jorge faz o papel de marido traído e que perdoa a esposa em seu leito de morte; e por ultimo Basílio, primo, antigo namorado e atual amante de Luísa,mulherengo e  insensível, que ao saber da morte de Luísa se lamenta por não ter trazido da viagem uma mulher para se divertir.

 
Monica Giselli de Freitas

A POESIA DO COTIDIANO DE CESÁRIO VERDE

por Monica Giselli de Freitas


SANTOS, Carlos Alberto Suniga dos. A poesia do cotidiano de Cesário Verde. Texto fornecido pelo professor.

 


RESUMO: A poesia de Cesário Verde, reconhecida como poesia do cotidiano, constitui-se como uma forma de expressão que rompe com o cânone romântico e com o cânone do realismo objetivo, seu caráter foi precursor da tendência modernista. O poeta se destaca por unir a realidade objetiva e o “eu” subjetivo, criando uma poesia carregada de impressões/expressões, suas produções são marcadas por um processo descritivo-analítico e sua leitura de mundo é carregada de ironia e até certo desprezo pela natureza, seres e objetos com os quais se depara. Essa fusão incomum de diferentes realidades que resulta numa tessitura objetivo-subjetiva, presente nos processos poéticos identificáveis em poetas modernistas, surgiu com o amadurecimento dos processos de composição do poeta e dividi-se em quatro fases: na 1° fase o poeta prende-se ao rigor da forma que caracteriza a poesia parnasiana; na 2° fase o poeta apresenta uma visão anti-lírica da realidade que se apresenta como algo impreciso; na 3° fase surge a expressão/impressão máxima da cidade e de seus múltiplos aspectos negativos; na última fase o poeta troca a cidade pelo campo e seu cotidiano. Com esse processo de amadurecimento de produção poética, ele se coloca entre os maiores nomes da poesia portuguesa. Cesário Verde representa na sua poesia a sua própria existência/ existência poética do homem moderno; fragmentado e deslocado o poeta tece seu estilo incomum e por vezes impressionista.

MADALENA, QUESTÃO DA HUMANIDADE

(conto de Miguel Torga)

por Monica Giselli de Freitas


MADALENA

 

Quanto a estrutura o conto de Miguel Torga, Madalena apresenta o discurso indireto livre; percebe-se no decorrer do conto uma forte presença de uma mescla do fluxo de consciência das personagens com a narrativa um exemplo é quando as lembranças e os pensamentos de nossa protagonista, Madalena, contam a história; outro fator presente na estrutura do conto é o processo de animalização da personagem, a protagonista age como uma cadela, e o pai de seu filho como um cachorro; para finalizar o autor mostra uma visão pessimista da condição humana e das relações sociais;

Quanto ao tema abordado pelo autor temos o aborto e a questão do quanto é preciso ser desumano para fazer parte da humanidade, ou seja, a que extremo um indivíduo consegue chegar para ser bem visto pela sociedade, para agradá-la e, por conseguinte, ser aceito por ela. Aqui percebe-se com clareza a visão pessimista da condição humana e das relações sociais do autor, citada acima.

Essa é a problemática de Madalena, a protagonista, encarar a sociedade e ser marginalizada por ela ou agradá-la para nela permanecer? A personagem opta pela segunda opção ao se deparar com uma gravidez indesejada, sendo ela ainda solteira, decidi esconder a gravidez durante os nove meses usando uma faixa para apertar a barriga e por isso acaba matando o feto e se livra dele ao nascer.

Miguel Torga questiona até onde o ser humano prejudica o outro para não ser prejudicado. Madalena por medo de ser criticada pela sociedade por ser mãe solteira, resolve então se livrar do próprio filho, que para ela não passava de um incomodo.

Na parte em que madalena sente as primeiras dores do parto e sai para a montanha, mostra sua personalidade insensível, imatura e fria a protagonista prefere matar seu filho e correr o risco de morrer com ele do que ouvir seu nome na boca do povo. Mostra também que já tinha planejado tudo e se acaso a criança nascesse viva ela o enterraria do mesmo jeito.

No último parágrafo do conto percebe-se a frieza dessa jovem em seu ato desumano, enterra seu filho sem o menor remorso sentindo até um alivio por sepultar o seu segredo, e por fim volta para a casa para matar sua sede, como se nada tivesse acontecido.

Ao analisar o tema do conto em nosso contexto percebe-se que, embora venha diminuindo essa prática ainda existem muitas Madalenas na realidade, mulheres que se deparam com uma gravidez indesejada que para se pouparem dos boatos ou da recriminação acabam cometendo este ato imaturo que pode trazer sérias consequências.

Enfim, acredita-se que o autor se preocupa em mostrar que para muita gente fazer parte da sociedade é tão importante que acabam por cometer atos imperdoáveis. Ele mostra a contradição de que às vezes devemos ser desumanos para sermos humanos.

A FICÇÃO DE EÇA DE QUEIRÓS

por Monica Giselli de Freitas


1. CARACTERIZAÇÃO HISTÓRICO-SOCIAL E CARACTERIZAÇÃO ESTÉTICO-LITERÁRIA

 

               A Revolução Industrial causou grandes transformações na vida da sociedade européia em meados do século XIX, motivou o progresso científico e tecnológico, beneficiou a burguesia industrial deixando o operariado na miséria. Houve, assim, uma mudança no aspecto social com o surgimento da população urbana e o aparecimento do proletariado.

               Em 1848, em alguns países europeus, como Itália, Alemanha e França começaram a surgir os primeiros movimentos sociais de origem popular, com ideias liberais, nacionalistas e socialistas. Nesse período as ideias liberais e democráticas foram ganhando espaço; assim, como o campo científico-filosófico com correntes como o positivismo, o determinismo e o darwinismo; e os métodos de experimentação e observação da realidade, que passaram a serem os únicos capazes de explicar o mundo físico. Surgem a partir deste contexto histórico o Realismo e o Naturalismo, que teve início na França, em 1857, com a obra de Gustave Flaubert “Madame Bovary”, ao descrever esse momento Massaud Moisés diz:

 

Quando o terceiro momento romântico chega ao fim patenteia-se a formação de uma nova geração, iconoclastamente anti-romântica e desejosa de acompanhar de perto o ritmo europeu das ideias, mais uma vez de origem francesa. É a época do Realismo e Naturalismo. (1985, p. 192)

 

               O Realismo observa o homem quanto ser social enquanto o Naturalismo observa o homem quanto ser biológico afirmando que o que move o homem são as forças instintivas, tanto o Realismo quanto o Naturalismo estão voltados para a realidade. O Realismo caracteriza-se por apresentar veracidade, isto é, não oculta e nem distorce os fatos que ocorrem na sociedade; retrata com lealdade os personagens descrevendo seu caráter e aspectos negativos próprios da natureza humana, compondo, assim, um protagonista anti-herói; os personagens são analisados psicologicamente, revelando seus conflitos, sentimentos, lembranças etc.; apresenta uma narrativa lenta composta por muitos detalhes; sua linguagem é simples e clara; apresenta o materialismo do amor e de outros sentimentos que são subordinados pelos interesses sociais, e vêm a mulher como um objeto de prazer e adultério; denuncia as injustiças sociais e critica os valores e as instituições decadentes da sociedade burguesa. O Naturalismo vai além destas características, apresentando determinismo, onde o homem é subordinado de seus instintos, do meio físico e social e da hereditariedade; opta-se por temas de patologia social, tais como adultério, a falsidade e o egoísmo, a decadência das instituições, a impotência do homem diante do poder, criminalidade, miséria, problemas psicológicos, problemas ligados ao sexo etc.; os romances registram a realidade com impessoalidade, precisão e objetividade científicas. Os naturalistas tentam fazer de sua obra de arte uma tese científica e assim como os realistas, escrevem com intenção reformadora.

 

2. CARACTERIZAÇÃO DA FICÇÃO DE EÇA DE QUEIRÓS

 

A obra de Eça de Queirós, “O primo Basílio” tem com tema a sociedade lisboeta, o casamento (como instituição decadente) e o adultério. Pertence ao estilo da época do Realismo, faz uso da ironia e sarcasmo, explora o erotismo (nos detalhes entre os amantes) e apresenta abundância nos detalhes mostrando a relação entre os aspectos físicos e psicológicos dos personagens, o que torna a narrativa lenta. Quanto à linguagem é simples e clara com vocabulário rico e frases bem construídas.

Na obra o autor faz diversas críticas e para fazê-las cria personagens fisicamente decadentes e de comportamento sexual promíscuo, o principal alvo de suas críticas é o casamento (instituição decadente) ele nos mostra o lar burguês aparentemente perfeito, mas com estruturas falsas o que leva ao adultério, assim afirma Massaud Moisés quando diz que:

 

Em “O primo Basílio, a crítica volta-se para a constituição da família, núcleo da sociedade, mostrando as bases falsas que a sustentam. Casamento de conveniência em que falam mais alto o egoísmo e o comodismo dos parceiros uma associação insossa e entediante. Para quebrar o tédio [...] Luísa [...] busca novas sensações [...] dá-se ao adultério [...]. (1994, p.143)

 

O autor critica com sarcasmo a hipocrisia burguesa, a vida urbana, a religião e a sociedade em geral. Tenta demonstrar as características maléficas da classe social burguesa e seus pensamentos que se fundam nas coisas materiais e prazerosas que o dinheiro e a posição social proporcionam isso acaba por levar à destruição do casamento por meio do adultério. Critica ainda a arte Romântica através do personagem Ernestinho que lembra a trajetória histórica irônica e sarcástica que Eça de Queirós construiu, o romantismo é atacado por influenciar através de suas obras a jovem Luísa (sonhadora, romântica, frágil e que merece ser castigada com a morte por não estar preparada para lidar com a situação nova) a cometer o adultério. Eça faz análise social representando a realidade circundante do sofrimento da corrupção e do vício.

 

3. O REALISMO DE EÇA DE QUEIRÓS EM “O PRIMO BASÍLIO

 

Eça de Queirós, membro da geração realista, foi um crítico da sociedade portuguesa da época, por sentir necessidades de reformas sociais e a tudo moralizava. Para ele o realismo é a crítica do homem para condenar o que há errado na sociedade.

 O primo Basílio” sofreu grande influência da obra “Madame Bovary” de Gustave Flaubert e inovou a criação literária da época, tem características do período do realismo, e apesar de ter sido um de seus livros mais polêmicos também foi o que obteve mais êxito e sucesso devido ao naturalismo de suas cenas eróticas e a tendência de explorar os detalhes. É um Romance de tese e de influência do meio para o indivíduo.

Segundo Massaud Moisés “[...] Eça coloca-se sob a bandeira da República e da Revolução, e passa a escrever, em coerência com as ideias aceitas, obras de combate as instituições vigentes [...] e de ação e reforma social.” (1985, p. 241). Ou seja, ele escrevia para tentar influenciar os indivíduos com suas ideias, sendo assim, suas obras serviam como armas de combate a sociedade da época.

 Todas as características da ficção de Queirós mostra que sua obra “O primo Basílio” pertence ao período do Realismo sendo naturalismo científico.
 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. Ed. 21. São Paulo: Cutrix,1985. p. 192-245.

MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa em perspectiva. São Paulo: Atlas S.A., 1994. p.133-147.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A COR DO SENTIMENTO EM TONI MORRISON


Chloe Anthony Wofford, a famosa romancista Toni Morrison, nasceu em Lorain, Ohio nos Estados Unidos, no dia 18 de novembro de 1931, vinda de origem pobre teve uma infância sofrida e cheia de privações, devido a Grande Depressão. Morrison cursou teatro na universidade de Harvard e letras na universidade de Cornell, após a graduação construiu carreira universitária como professora de Língua Inglesa.

A partir de 1965, Toni passa a editar obras ficcionais, isso até 1970, ano de lançamento de seu primeiro livro O olho mais azul. A autora narra neste livro a história de uma garota negra chamada Pecola Breedlove que é levada à loucura por ter um pai violento e por ser apaixonada pela beleza branca se martiriza por não ter olhos azuis, depois como num passe de mágica ela pensa que seus olhos escuros se tornaram azuis e isso a fará uma pessoa melhor. A escritora aborda questões relacionadas a raça, ao feminino e aos padrões de beleza, este tema se repete em diversas de suas obras. Ela apresenta um ponto de vista um tanto inusitado acerca da violência, não a justifica, mas mostrando todo o contexto que levou a violência. Observe um trecho retirado do livro:

 

 

(...) O amor nunca é melhor do que o amante. Quem é mau, ama com maldade, o violento ama com violência, o fraco ama com fraqueza, gente estúpida ama com estupidez, e o amor de um homem livre nunca é seguro. Não há dádiva para o ser amado. Só o amante possui a dádiva do amor. O ser amado é espoliado, neutralizado, congelado no fulgor do olho interior do amante. [1]

 

 

Em 1973, ela lança o livro Sula, nele a autora descreve mulheres afro-americanas como personagens únicos, individualizados, nessa obra ela narra a forte amizade de duas mulheres.

Em 1977, Morrison lança Song of Salomon, obra bem recebida pela crítica e pelo público norte-americano e que a consagrou internacionalmente. Narra as aventuras de Milkman Dead em busca de um pote de ouro.

Em 1981 a escritora discorre sobre o tema de embates raciais, sociais e sexuais na obra Tar Baby, a história se passa em uma ilha caribenha.

1987, ano de lançamento da obra que é considerada o melhor romance dos últimos 25 anos pelo The New York Times, e lhe conferiu o prêmio Pulitzer de melhor ficção, Amada, baseado em uma história real que se passa nos anos posteriores ao fim da Guerra Civil, quando a escravidão tinha sido abolida nos Estados Unidos é um retrato lírico e cruel da condição do negro no fim do século XIX.

Amada é o primeiro volume da trilogia composta por Jazz (1992) um romance que reflete sobre a vida dos negros no bairro de Harlem em Nova Iorque, nos anos vinte, e Paraíso (1997) onde a autora dramatiza a história de uma menina negra que sofre opressão do preconceito racial, essa obra esta intimamente ligada a biografia da autora.

A obra Amada foi convertida em filme em 1998 com o título de A bem amada, com direção de Jonathan Demme e protagonizado por Oprah Winfrey e Danny Glover.

Constam ainda, na bibliografia de Toni Morrison obras dramatúrgicas, ensaios, literatura direcionada a crianças e um libreto de ópera.

Seu último lançamento foi Compaixão, em 2009 onde a autora novamente aborda um de seus temas favoritos, a escravidão. É uma tragédia romântica que conta a vida de uma escrava adolescente que foi dada pela sua mãe, quando ainda era um bebê, para quitar uma divida, a menina aprende se arranjar só, quando grande se apaixona por um escravo liberto e tem um fim trágico.

Quanto ao processo de criatividade de Toni Morrison, por costume de esperar as crianças irem para a cama para poder escrever, ainda hoje mesmo com elas convertidas em adultos, Morrison mantêm esse hábito de escrever durante a madrugada, e é das 4 da manhã em diante que a autora afirma estar em seu apogeu criador.

Em suas obras a autora retrata personagens que apresentam histórias de vida semelhante a sua, e se torna popular por traduzir as experiências de protagonistas negras e miseráveis em um país economicamente abalado.

Morrison é consagrada uma das melhores escritoras norte americana dos últimos tempos, por superar sua condição de ser negra e de origem humilde em país conhecido por sua tradição racista, o que lhe valeu ser a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 1993.


BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LEVY, Tatiana Salem. Toni Morrison retrata aridez de sociedade em construção. Disponível em  <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1209200911.htm> Acesso em: 23 ago. 2012.

O que você está lendo? Comentários. Disponível em  <http://biblioteca.multiply.com/reviews?&show_interstitial=1&u=%2Freviews> Acesso em: 23 ago. 2012.

SANTANA, Ana Lucia. Toni Morrison: biografia. Disponível em <http://www.infoescola.com/biografias/toni-morrison/> Acesso em: 23 ago. 2012.

Toni Morrison sobre Biografias por Algo Sobre. Disponível em <http://www.algosobre.com.br/biografias/toni-morrison.html> Acesso em: 23 ago. 2012.

VANSPANCKEREN, Kathryn. Toni Morrison. Disponível em <http://www.embaixadaamericana.org.br/HTML/literatureinbrief/chapter07a.htm> Acesso em: 22 ago. 2012.



[1]O que você está lendo? Comentários. Disponível em  <http://biblioteca.multiply.com/reviews?&show_interstitial=1&u=%2Freviews> Acesso em: 23 ago. 2012.
 

análise da obra de Shakespeare Otelo o mouro de veneza

Por: Monica Giselli de Freitas, academica do 6° período de Letras.

Enredo

Apresentação


Iago, alferes de Otelo, trama junto com Rodrigo contar a Brabâncio, rico senador de Veneza, que sua filha a gentil e delicada Desdêmona tinha se casado com Otelo, o mouro de Veneza.O invejoso Iago quer vingar-se do General Otelo por ter promovido Cássio ao cargo de tenente em seu lugar.

Complicação


 Brabâncio ao descobrir que sua filha se casou com o mouro tenta encontrá-lo e para matá-lo, mas quando se encontram são convocados para uma reunião no senado. Lá, Brabâncio acusa Otelo de bruxaria, Desdêmona desmente a acusação e pelo fato de Otelo ser um ótimo general ao invés de ser morto ele é mandado para Chipre junto com Desdêmona. Em Chipre Iago lança a desgraça de todos envenenando a cabeça de Otelo com o ciúme.

Clímax

Quando Otelo cai na armadilha de Iago e chega ao auge da dúvida da lealdade de sua querida Desdêmona.

Desfecho

 Otelo mata Desdêmona estrangulada. Quando descobre que ela era inocente tenta assassinar Iago e acaba se matando, antes de morrer dá um último beijo em Desdêmona. Cássio assume o lugar de Otelo e ordena que Iago seja torturado até a morte.

Características dos personagens

       Otelo: General mouro de caráter, atitudes e sentimentos nobres que contrastam com sua aparência rude. Muito ingênuo, já que cai na lábia de Iago.

      Desdêmona: gentil, delicada e bondosa tentava ajudar Cássio e era leal a Otelo.

      Iago: vil, mentiroso e invejoso. Não media as conseqüências de seus atos, passando por cima de todos para chegar ao seu  objetivo: a vingança contra Otelo.

      Cássio: tão ingênuo quanto Otelo, cai na lábia de Iago que o usa para executar seus planos.

      Brabâncio: pai de Desdêmona, rico senador e preconceituoso.

      Emília: esposa de Iago e serviçal de Desdêmona, revela ao final da obra o caráter vil de Iago.

      As demais personagens são de menos importância (sendo apenas apresentados).

 

Ideologia

 

      Preconceito racial, presente por toda a obra, já que muitos personagens zombavam de Otelo, por este ser negro.

      Contraste entre realidade e aparências um exemplo é Iago que parecia ser uma pessoa de boa índole, mas no decorrer da peça mostra ser invejoso e traiçoeiro.

      Ciúmes injustificados, Otelo sentia ciúme de Desdêmona sem que ela desse motivo para isso.

      Crítica política: pode ser observado quando Brabâncio chama Iago de vilão e Iago diz que ele é governador, ou seja, que os governadores também não tem boa índole.