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sábado, 13 de julho de 2013

A POESIA DO COTIDIANO DE CESÁRIO VERDE

por Monica Giselli de Freitas


SANTOS, Carlos Alberto Suniga dos. A poesia do cotidiano de Cesário Verde. Texto fornecido pelo professor.

 


RESUMO: A poesia de Cesário Verde, reconhecida como poesia do cotidiano, constitui-se como uma forma de expressão que rompe com o cânone romântico e com o cânone do realismo objetivo, seu caráter foi precursor da tendência modernista. O poeta se destaca por unir a realidade objetiva e o “eu” subjetivo, criando uma poesia carregada de impressões/expressões, suas produções são marcadas por um processo descritivo-analítico e sua leitura de mundo é carregada de ironia e até certo desprezo pela natureza, seres e objetos com os quais se depara. Essa fusão incomum de diferentes realidades que resulta numa tessitura objetivo-subjetiva, presente nos processos poéticos identificáveis em poetas modernistas, surgiu com o amadurecimento dos processos de composição do poeta e dividi-se em quatro fases: na 1° fase o poeta prende-se ao rigor da forma que caracteriza a poesia parnasiana; na 2° fase o poeta apresenta uma visão anti-lírica da realidade que se apresenta como algo impreciso; na 3° fase surge a expressão/impressão máxima da cidade e de seus múltiplos aspectos negativos; na última fase o poeta troca a cidade pelo campo e seu cotidiano. Com esse processo de amadurecimento de produção poética, ele se coloca entre os maiores nomes da poesia portuguesa. Cesário Verde representa na sua poesia a sua própria existência/ existência poética do homem moderno; fragmentado e deslocado o poeta tece seu estilo incomum e por vezes impressionista.

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