MARTINS, Maria Helena. O
que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 2003. 93 páginas.
Ninguém ensina ninguém a ler; o aprendizado é, em última
instância, solitário, embora se desencadeie e se desenvolva na convivência com os
outros e com o mundo. p. 12
[...] aprendemos a ler a partir do nosso contexto pessoal. E
temos que valorizá-lo para poder ir além dele. p.15
[...] o leitor pré-existe à descoberta do significado das
palavras escritas [...] p. 17
[...] de o mundo estar ao nosso alcance; não só podemos
compreendê-lo, conviver com ele, mas até modificá-lo à medida que incorporamos
experiências de leitura. p.17
[...] seja quem for o leitor, o hábito de ler sempre estará
ligado a essas condições, precárias ou ideais. p. 21
[...] ampliar a noção de leitura pressupõe transformações na
visão de mundo em geral e na de cultura em particular. p. 29
A leitura vai [...] além do texto [...] e começa antes do
contato com ele. O leitor assume papel atuante, deixa de ser mero decodificador
ou receptor passivo. E o contexto geral em que ele atua, as pessoas com quem
convive passam a ter influência apreciável em seu desempenho na leitura. p.
32-33
[...] dar sentido a um texto implica sempre levar em conta a
situação desse texto e de seu leitor. p. 33
[...] a noção de texto [...] é ampliada, não mais fica
restrita ao que está escrito, mas abre-se para englobar diferentes linguagens. p.
33
[...] aprender a ler significa também aprender a ler o
mundo, dar sentido a ele e a nós próprios, o que [...] fazemos mesmo sem ser
ensinados. p. 34
A função do educador não seria precisamente a de ensinar a
ler, mas a de criar condições para o educando realizar a sua própria
aprendizagem [...]. p. 34
[...] três níveis básicos de leitura [...] sensorial,
emocional e racional. Cada um desses três níveis corresponde a um modo de
aproximação ao objeto lido [...] esses três níveis são inter-relacionados,
senão simultâneos mesmo sendo um ou outro privilegiado [...]. p. 36-37
[...] leitura sensorial começa [...] muito cedo nos
acompanha por toda vida. p. 40
A leitura sensorial vai[...] dando conhecer ao leitor o que
ele gosta ou não, mesmo inconscientemente [...] apenas porque impressiona a
vista, o ouvido, o tato e o paladar. p.42
[...] quando uma leitura [...] nos faz ficar alegres ou
deprimidos, desperta a curiosidade, estimula a fantasia [...] deixamos de ler
apenas com os sentidos para entrar em outro nível de leitura – o emocional. p.
48
Importa [...] na leitura racional, salientar seu caráter
eminentemente reflexivo, dialético [...]. p. 66
[...] cada um precisa buscar o seu jeito de ler e
aprimorá-lo para a leitura se tornar cada vez mais gratificante. p. 85